quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um relógio descontrolado e desprovido de quaisquer dons musicais vibra incessantemente numa gaveta empoeirada, largada e esquecida pelo tempo.
Vejo vultos estagnados frente a janela manchada da sala. Num sentimento irreversível e sorrateiro cada centímetro de pelo que se encontra em meu corpo se emaranha uma proporção arrebatadora, ligando-se, formando-se em nós verticais.
Sussurros e gemidos, meados das 3h, o peito inflado e amedrontado anuncia vagarosamente: medo! um sorrateiro e atraente medo.
Insônia! Tal pratica abominável.
Relógio, meu prezadíssimo relógio, inquieto, formoso.... teletransporta-me para dentro de teus números, acaricia-me os cabelos, faz-me adormecer.

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