quinta-feira, 25 de julho de 2013

Eu estava debruçada sobre uma mesa empoeirada e desprovida de quaisquer atrativos. Uma vela acesa, um blues suave acompanhava a lentidão dos passos dos garçons. A multidão sonolenta que por hora ria da mesmice e dos goles de bebidas quentes que lhes eram servidos, entalhava-se dentre as paredes daquele velho bar, sumindo, deixando-me apenas a vista de velhos quadros sobre rios e mares azuis como o céu num dia de primavera. Não havia nada que tivesse um atrativo digno de ser observado, até que meus pensamentos flutuaram até ele. Era como se tudo que estivesse a minha volta não fizesse sentindo, ou até fizesse, mas falta algo/alguém/ele. Meus olhos fixos num guardanapo manchado com um batom vermelho me tiravam alguns suspiros: ''Ele poderia estar aqui.'' O barulho do relógio por algumas vezes se tornava insuportável. O meu peito estalava só de pensar naquele garoto... Eu o queria ali.
3 am. O sono não me deu notícias, a única coisa que pairava dentro de mim era a falta que eu sentia dele.

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